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Melhorar a medicina convencional

Equipa Multidisciplinar

Se há alguns anos eram necessários 4 ou 5 profissionais de saúde para tratar uma doença oncológica, o mesmo não se verifica nos dias de hoje. Atualmente deparamo-nos com equipas hospitalares e clínicas marcadas pela diversidade de áreas da saúde, onde o objetivo não é apenas extraditar/curar a doença mas sim tratar e cuidar do doente – A isto chamamos, Equipa Multidisciplinar.

O objetivo da Equipa Multidisciplinar é partilhar a experiência, conhecimento e pontos de vista de cada integrante da mesma, formando uma base sólida e estruturada para delinear não só os tratamentos oncológicos, mas toda a jornada do paciente na linha do tempo.

A evidência científica tem vindo a mostrar que a união de várias áreas da saúde permite atingir melhores resultados bem como diminuir os efeitos secundários dos tratamentos e as sequelas que deles advém. Inclusive, estudos recentes mostram o potencial de algumas técnicas, áreas e hábitos da Medicina Complementar, tornando-a uma aliada direta da Medicina Convencional.

“O cancro é uma doença multifatorial, por isso não faz sentido atuarmos só numa direção. A equipa multidisciplinar permite que o doente recupere não só de uma cirurgia, mas de um processo oncológico que deixa marcas físicas, psicológicas e sociais”

Uma equipa multidisciplinar em Oncologia, em contexto hospitalar, é normalmente constituída por médico oncologista, médico cirurgião, médico radioncologista, médico radiologista, enfermeiro, psicólogo, nutricionista e médico fisiatra/fisioterapeuta. Dependendo do local e da própria instituição esta constituição pode ser alterada ou até aumentada.

Em contexto clínico, privado, uma equipa multidisciplinar em Oncologia pode contar com fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo, fisiologista do exercício, profissional de medicinas complementares (acupuntura) e assistente social.

O cenário ideal seria uma equipa multidisciplinar e interdisciplinar composta por todos os profissionais supramencionados, existindo uma comunicação estreita entre os mesmos, com foco na recuperação total do utente, diminuindo a taxa de efeitos secundários e sequelas dos tratamentos.

“Nos dias que correm, a multidisciplinariedade é a solução absoluta da Medicina para que o doente tenha resultados mais eficazes, com menos sequelas” Mas o que faz cada membro da Equipa Multidisciplinar?

  • O médico oncologista é o profissional especializado no diagnóstico e tratamento do cancro. É responsável pela análise do quadro clínico e prescrição do tratamento mais adequado, onde são delineadas as etapas necessárias bem como a ligação entre os vários profissionais integrantes da equipa multidisciplinar. O seu papel é crucial para assegurar que o tratamento seja eficaz, humanizado e adaptado às necessidades únicas de cada indivíduo.

  • O médico cirurgião é muitas vezes o ponto de partida no tratamento do cancro, sendo crucial na remoção do tumor e na melhoria da qualidade de vida do doente oncológico. Além disso, o seu trabalho estabelece as bases para tratamentos subsequentes e contribui para a coordenação global dos cuidados.

  • O médico radioncologista é o especialista responsável pelo uso da radioterapia como parte do tratamento do doente oncológico.

  • O médico radiologista é essencial nas fases de diagnóstico, estadiamento e acompanhamento da evolução do cancro. Este profissional é especialista em interpretar exames de imagem e, em alguns casos, realizar procedimentos de intervenção para diagnóstico ou tratamento.

  • O enfermeiro desempenha um papel crucial na equipa multidisciplinar e na jornada do doente oncológico, estando presente desde o primeiro momento. É quem acolhe o doente e sua família ao longo do processo, prestando os cuidados de enfermagem necessários e promovendo o bem-estar físico, emocional e social. Para além disso, constitui um elo muito importante entre os demais profissionais e o doente.

  • O psicólogo é uma figura essencial para que haja aceitação da presente realidade. É um grande aliado durante todo o processo, desde a aceitação do diagnóstico à compreensão de uma nova forma de viver, com os desafios impostos pela doença oncológica.

  • O médico fisiatra estabelece e avalia o plano de reabilitação para o fisioterapeuta executar, sendo este caso mais comum em unidades hospitalares. Em estabelecimentos clínicos, do setor privado, é o fisioterapeuta que atua como profissional independente e de primeira linha, qualidade que lhe é atribuída pela Ordem dos Fisioterapeutas.

  • O fisioterapeuta é responsável pela reabilitação funcional, alívio de sintomas e melhoria da qualidade de vida do paciente. O seu trabalho é direcionado para prevenir, tratar e minimizar os impactos físicos causados pelos tratamentos oncológicos, ajudando o paciente a recuperar a mobilidade, força, funcionalidade e autonomia.

  • O fisiologista do exercício juntamente com o fisioterapeuta, ajuda a integrar os exercícios físicos de forma segura e eficaz, realizando um planeamento e orientação específica para cada fase da jornada oncológica. Desta forma, tem o objetivo de melhorar a capacidade física do doente, auxiliando na redução dos efeitos secundários do tratamento e promovendo uma melhor qualidade de vida.

  • O profissional de medicinas complementares (p.e acupuntura) tem um papel importante na equipa multidisciplinar de cuidados oncológicos, oferecendo terapias que complementam os tratamentos convencionais, como quimioterapia, radioterapia e cirurgia. Estes profissionais utilizam abordagens naturais e holísticas para aliviar sintomas e reduzir efeitos secundários dos tratamentos, melhorando significativamente o bem-estar físico, emocional e psicológico do doente.

  • O nutricionista permite ajustar a rotina alimentar e a própria alimentação às várias etapas da jornada oncológica, contornando os efeitos secundários dos tratamentos e prevenindo carências nutricionais.

  • O assistente social tem um papel fundamental no suporte do doente e do seu agregado familiar. Este profissional permite agilizar e facilitar questões sociais que advém do diagnóstico, sendo uma fonte credível e eficiente de otimizar serviços e recursos necessários na jornada oncológica.